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GRACIELA CERVANTES

( México )

Graciela Cervantes Espinosa, Jáltipan, Veracruz, México, 1955.
Vive en Acayucan.
Poeta, periodista y Promotora Cultural.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

VARGAS, José Guiilllermo, compilador.  Las Voces Encantadas.  Lima: Maribelina – Casa del Poeta Peruano, 2016.   246 p.  
                                                                  Ej. bibl. Antonio Miranda

 

ALADO SUEÑO

Te escribo: para escampar el cielo
y la mirada lluviosa del enlutado invierno.
Escribana de ti, de tu inmortal recuerdo
tiembla mi mano de placer imaginando
diestras caricias latiendo en mi lenguaje.
Mi palabra jamás superará al silencio
pero consta a bandadas que: te amo…
Que mis signos de luz, oscuros pájaros
lleguen a tiempo a posarse en tu regazo.
Qué designios revelarán que no conozcas
de aquel furtivo y primigenio viaje
alado sueño, de rosa y vientos
que anidaron tus puntos cardinales?
De buena tinta tal vez te contarán:
que cuando escribo tu nombre
estrellas nacen…
y en el añil del cielo brillan astros
augurando equinoccios en los parques
de este mundo anegado en que me guardo
un gigantesco sol para tu templo.
Fugaz estrella es pronunciar tu nombre
en la creciente indiferencia de tu pecho
¿Por qué será que a ríos de distancia
cada gota de lluvia, evoca el mar?
Y a la intemperie de tu alma
de sal y azúcar son mis ansias
que advierten la humedad y la nostalgia
nubes que exhala mi ardiente corazón.

A contra viento, te escribo: Amor
y contra todo presagio
en una rosa de cuatro puntos lanzo
oscuros pájaros, a constelar el cielo.


NOCHE SOCAVADA

Si la creciente del dolor colapsa al faro
como relámpago socavo a la negrura.
Busco granos de fe entre la espuma
y entre las dunas, un derrotero eterno.
Se diluyó la luz en el confín del cielo
bajo la lluvia letal y olas oscuras.
Todo fue un suspirar, de pedernal de fuego
de aquella llama al ostracismo yermo
reducida a ceniza, sal, arena
en la boca glaciar del viento norte
con estertor de escamas y de plumas.
Tú, a originario ser de alas celestes.
Yo, a primitivo pez de aletas rudas
que en noches socavadas, sin estrellas
busca en la comunión de espuma y cielo
una pulsíon final de tierra firme.

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução por ANTONIO MIRANDA

 

SONHO ALADO

Eu te escrevo: para espalhar o céu
e a mirada chuvosa do enlutado inverno.
Escrivão de ti mesma, de tua imortal lembrança
treme a minha mão de prazer imaginando
destras carícias pulsando em minha linguagem.
Minha palavra jamais superará o silêncio
mas consta a revoadas que: te amo…
Que meus signos de luz, obcuros pássaros
cheguem a tempo de pousarem em teu colo.
Que desígnios revelarão que não conheças
daquela furtiva e primigênia viagem
alado sonho, de rosa e ventos
que aninharam teus pontos cardiais?
Com boa tinta talvez te contarão:
que cuando escrevo teu nome
estrelas nascem…
e no anil do céu brilham astros
augurando equinócios nos parques
deste mundo submerso em que me recolho
um gigantesco sol para o teu templo.
Fugaz estrela é pronunciar o teu nome
na creciente indiferença de teu peito
Por qué será que a rios de distância
cada gota de chuva, evoca o mar?
E à intemperie de tua alma
de sal e açúcar são minhas ânsias
que advertem a umidade e a nostalgia
nuvens que expiram meu ardente coração.

A contra vento, eu te escrevo: Amor
e contra todo presságio
numa rosa de quatro pontos lanço
obscuros pássaros, a constelar o céu.

 

 

NOITE MINADA

Se a crescente dor colapsa ao farol
como relâmpago mino à escuridão.
Busco grãos de fé entre a espuma
e entre as dunas, uma rota eterna.
Diluiu-se a luz nos confins do céu
na chuva letal e ondas oscuras.
Tudo foi um suspirar, pederneira e fogo
daquela chama ao ostracismo ermo
reduzida a cinza, sal, areia
na boca glacial do vento norte
con estertor de escamas e de plumas.
Tu, a originario ser de alas celestes.
Yo, a primitivo peixe de nadadeiras rudes
que em noites minadas, sem estrelas
busca na comunhão de espuma e céu
um impulso final de terra firme.

 

 

*

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Página publicada em março de 2022


 

 

 
 
 
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